Padre Cicero
domingo, 15 de março de 2015
MEUS ANOS DOURADOS EM CAJAZEIRAS
Tempos esquecidos para alguns, talvez engolido pela modernidade.Cajazeiras, hoje uma bela e prós-
pera cidade Universitária.
Centro comercial desenvolvido e promissor,área habitacional de desenvolvimento galopante, cujas novos blocos
arquitetônicos embelezam as Avenidas largas e modernas.
Todo esse esplendor moderno não apaga as imagens de seu passado imorredouro que ficou
em nossas memórias.
Naquela época a bela cidadezinha já nos surpreendia com atrações religiosas e culturais.
Encantava meu coração sonhador de adolescente, com seus frenéticos Carnavais dos anos 50 e
60.Tudo era magia...Época que reinavam os confetes, as serpentinas, Pierrô e Alecrim, figuras
alegoristas dos velhos Carnavais. Belas fantasias sonhadoras... Transformava-nos em verdadeiras
Fadas do destino, e em belas princesas do primeiro amor, do primeiro beijo.Era um verdadeiro Conto
de fadas, e dos sonhos. Carnavais inesquecíveis, as Lança- perfumes eram liberadas livremente e os
jovens não abusavam de seu uso. Uma juventude sadia, alegre e sonhadora. longe da corrupção que
desencadeou em todo mundo a perda dos valores morais.
Memória: Uma das diversões atraentes era a passagem dos grandes circos. Por lá,passaram nada
menos que o Grande Circo Brasil, o Circo Garcia e nos anos 50 e 60, outras Companhias Circenses
sentiram o entusiasmo da população cajazeirense pela arte, fato esse que se tornou um convite para
a temporada de outros Circos como: Circo Orlando Orfei, O Gran Barollo Circo e outras atrações menores.
Época como essa jamais será esquecida.O Carnaval de Rua ficou no imaginário popular, Era
a magia do Reino Encantado. Três dias de folia, alegria e descontração.As atrações Folclóricas
trazia diversificados blocos de rua. um dos mais interessante era O bloco de Arrasta Jaraguá,
para as crianças despertava medo, Sua alegoria principal era Um Enorme Perna de Pau, vestido
Chita estampada em cores vivas, cuja cabeça era de um animal,cuja arcada dentária exibia grandes dentes.Para os adultos despertava gargalhadas.Essa alegoria trazia um simbologia primitiva.
Os Blocos requintados, quase sempre compostos por carnavalesco da Elite, exibiam luxu-
osas fantasias e tocavam as lindas, contagiantes machinhas, e as novidades doFrevo de Pernambuco. Velhos tempos, velhas lembrança, coisas que não voltam mais.
Vilma Maciel
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