Padre Cicero

Padre Cicero
Tela de Vilma Maciel

segunda-feira, 16 de março de 2015



O GRITO

Se as águas falassem, diriam:
Não me poluem,não me envenenem,
não me tratem tão mal!
Mato tua sede,dou vida aos campos,
ao homem e ao animal...
Se os pássaros falassem, diriam:
Não me prendam em gaiolas douradas,
não quero alpiste, nem falsos cuidados...
Quero antes, as sementes da estrada,
o verde dos campos.
Ser livre e voar...
Soltar o meu GRITO,
ao Sol, ao Vento e cantar...
Se as árvores falassem, diriam:
Não usem a serra e o machado,
para me machucar.
Nem tampouco me ponham fogo
para me matar.
Te dou alimento, a vida,
 e a sombra alvissareira.
PRESERVA-NOS!!!
Esse é o Grito da natureza,
que dá vida, embeleza o
mundo,
Com toda sua grandeza.
                Vilma Maciel -16/03/2015

domingo, 15 de março de 2015


MEUS ANOS DOURADOS EM CAJAZEIRAS


Tempos esquecidos para alguns, talvez engolido pela modernidade.Cajazeiras, hoje uma bela e prós-
pera cidade Universitária.
        Centro comercial desenvolvido e promissor,área habitacional de desenvolvimento galopante, cujas novos blocos
arquitetônicos embelezam as Avenidas largas e modernas.
        Todo esse esplendor moderno não apaga as imagens de seu passado imorredouro que ficou
em nossas memórias.
         Naquela época a bela cidadezinha já  nos surpreendia com atrações religiosas e culturais.
Encantava meu coração sonhador de adolescente, com seus frenéticos Carnavais dos anos 50 e
60.Tudo era magia...Época que reinavam os confetes, as serpentinas, Pierrô e Alecrim, figuras
alegoristas dos velhos Carnavais. Belas fantasias sonhadoras... Transformava-nos em verdadeiras
Fadas do destino, e em belas princesas do primeiro amor, do primeiro beijo.Era um verdadeiro Conto
de fadas, e dos sonhos. Carnavais inesquecíveis, as Lança- perfumes eram liberadas livremente e os
jovens não abusavam de seu uso. Uma juventude sadia, alegre e sonhadora. longe da corrupção que
desencadeou em todo mundo a perda dos valores morais.
        Memória: Uma das diversões atraentes era a passagem dos grandes circos. Por lá,passaram nada
menos que o Grande Circo Brasil, o Circo Garcia e nos anos 50 e 60, outras Companhias Circenses
sentiram o entusiasmo da população cajazeirense pela arte, fato esse que se tornou um convite para
a temporada de outros Circos como: Circo Orlando Orfei, O Gran Barollo Circo e outras atrações menores.
          Época como essa jamais será esquecida.O Carnaval de Rua ficou no imaginário popular, Era
a magia do Reino Encantado. Três dias de folia, alegria e descontração.As atrações Folclóricas
trazia diversificados blocos de rua. um dos mais interessante era   O bloco de Arrasta Jaraguá,
para as crianças despertava medo, Sua alegoria principal era Um Enorme Perna de Pau, vestido
 Chita estampada em cores vivas, cuja cabeça era de um animal,cuja arcada dentária exibia grandes dentes.Para os adultos despertava gargalhadas.Essa alegoria trazia um simbologia primitiva.
         Os Blocos requintados, quase sempre compostos por carnavalesco da Elite, exibiam luxu-
osas fantasias e tocavam as lindas,  contagiantes machinhas, e  as novidades doFrevo  de Pernambuco. Velhos tempos, velhas lembrança, coisas que não voltam mais.
                                                                                        Vilma Maciel


.