Padre Cicero

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Tela de Vilma Maciel

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Protesto e Sociedade
Por: Vilma Maciel
São três os pilares da sociedade: família, Estado e religião. Diversas notícias de jornal, a mídia nos trazem dados aterradores sobre a realidade brasileira, e porque não dizer mundial.
Considerando o aumento nas taxas de violência, assassinatos, suicídio, manifestações e desorganização social. Há uma série de variáveis em questão que tem de ser consideradas. Uma delas é o desmoronamento dos "pilares da sociedade".
Para buscarmos entendimento dessa dinâmica complexa do caos social, onde, é possível observar um maior índice de intolerância à frustração, a angústia e as percas materiais, devemos levar em consideração os fatores desencadeantes. Façamos pois, algumas indagações:
Problemas familiares.
Por quê? O que leva jovens na flor da idade, em pleno desenvolvimento físico e psíquico, com todas as potencialidades abertas, cometerem suicídio?
Qual o motivo do crescente índice de instabilidade matrimonial, oque provoca maior número de separação?
Por quê? Notícias tão impactantes como: "filha é autora intelectual do assassinato dos pais." Caso Suzane Louise Richthofen, ocorrido em 2002. Veja.
"Pai mata filhos e esposa, corta em pedaços e põe em saco, foge e passa a viver tranquilamente em outro estado." Fato ocorrido em Brejo santo Ceará.
"Mãe mata filha de dois aninhos para viver com amante."
Todas essas questões cruciantes assolam hoje, nossa sociedade. Matéria que requer estudo a luz da Sociologia, Psiquiatria e Psicologia.
Do nosso ponto de vista, veremos estes problemas, tecendo apenas algumas considerações baseadas em nossa visão de mundo. Arrolaremos hipóteses, tentativas de explicações e tratamento de um problema tão profundo. Estaremos apenas tangenciando alguns dos pontos essenciais para a discussão da questão familiar.
Desde as origens do homem, a família é a célula construtiva da sociedade. O homem é antes de tudo um ser social.
A sociedade moderna criou a imagem do homem livre. Destaca o valor da personalidade individual baseada na vontade pessoal.
Assim desenvolveu-se um novo modelo de pensamento. Uma inversão de valores do seio da familiar. Verificou-se uma grande diferença nas características das famílias. Hoje, temos famílias com maior proporção de separação entre os pais. Problemas com alcoolismo, envolvimento com a polícia e a justiça. Maior número de menores abandonados nas ruas; maior índice de drogas. A precocidade da perda dos pais, a ausência de religião e amor a Deus, e, consequentemente, o surgimento da violência e da criminalidade.
Tentando refletir sobre a indagação: por que? Nossos jovens cometem o suicídio? Buscamos uma explicação em Levy (1979), traz em seu artigo (Estudo do Suicídio) algumas das definições, que permitem situar o que é suicídio. "Em sentido estrito é considerado como uma auto eliminação consciente, voluntária e internacional. Num sentido mais amplo, o suicídio inclui processos autodestrutivos inconscientes, lentos e crônicos.
Para Kovács, Maria Júlia (Morte e Desenvolvimento Humano, p. 171 - 1992), tentativas de suicídios são atos deliberados de auto-agressão em que pessoa não tem certeza de sobrevivência, manifestando uma intensão autodestrutiva e uma consciência vaga do risco de morte.
Partindo do pressuposto de que o suicídio é um atentado contra a própria vida, são muitos os fatores desencadeantes de tal ato. Arriscamos citar alguns:
Possibilidade de se livrar de conflitos, busca de uma vida melhor; frustração amorosa; ato agressivo, como forma de vingança contra a sociedade; forma de chamar atenção; forma de pedir mais amor e valorização pessoal; doenças psiquiátricas, psicossomáticas; toxicomanias. No nosso entender é um ato desesperado de alguém imbuído de um vazio existencial profundo.
Retomando a essa questão de inversão de valores, é necessário repensar. Mudar a maneira de sentir o mundo, desprezar sentimentos egoístas. Contribuir para a vida do outro, é a melhor forma de superar frustrações. Fazendo o bem, recebemos o bem maior.
Todos somos capazes de nos regenerar. Quando erramos, é só buscar novos caminhos.
Saber lidar com os traumas e infortúnios consiste em adotar um temperamento equilibrado e estável. Isso é essencial para a saúde do corpo, da alma e da convivência social.
Compete ao Estado manter a ordem e o progresso. Manter a democracia e diminuir a desigualdade que inibe a capacidade, sobretudo, dos pobres de utilizar o trabalho como dignidade para sair da pobreza.
A luta contra a violência é outro desafio pesado, porque está nos quatro cantos do mundo. Além da educação e da saúde, promover a concessão de programas que cuidem do planejamento familiar e da "atuação" da mulher em todos os setores onde se tomam decisões, de onde vem a autoridade sobre a sociedade.
Apesar dos esforços e da competência de nossa presidente Dilma Rousseff, medidas urgente ainda precisam ser tomadas para que o Brasil se coloque no rumo certo, melhorar seu desenvolvimento e seu grau de aceitabilidade social.
Problemas que atentam contra os anseios do povo devem serem solucionados.
Tome-se esta frase: "A justiça brasileira é feita para os riscos, e os pobres não têm acesso a ela." (p.113- VEJA 2006).
Nos últimos dias desencadeou uma crise de insatisfação social. Uma série de manifestações cujas reivindicações vão além do estopim inicial: o aumento das tarifas de transporte público. Desencadeou uma revolta popular. Protesto contra a corrupção política, a cobrança de impostos indevidos, os gastos exorbitantes com as obras para sediar a Copa do Mundo. Melhoramento na educação, saúde e outros serviços públicos.
Um direito do cidadão democrático, porém o que não se pode tolerar é a onda criminosa dos vândalos e marginais deserdados da ética social, aproveitam um ato de cidadania para cometer arbitrariedades contra a nação brasileira.
A questão da religião oferece um poder fundamental para integração social. Graças aos benefícios da crença e da fé, cujo amor a Deus e ao próximo nos tornam cidadãos do bem.
Para a construção de um mundo melhor, somos nós que temos o poder de construir uma verdadeira democracia e garantir o direito do cidadão.






15 de Agosto 2013



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